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Porque se garota(o) de programa

Alguma vez você já se perguntou quais as razões para os homens buscarem os serviços de uma profissional do sexo?

Muitas garotas de programa dizem que a maior parte de sua clientela vem de homens entre 25 à 35 anos, de classe média e casados, mas muitas recebem homens jovens estudantes, artistas, homens de meia idade, uns classe média baixa e outros tantos bem sucedidos, mas as motivações são, em geral, bem comum independente do recorte social ou etário, entre todos os motivos, os mais comuns são:

1. A possibilidade de estar com uma mulher do tipo “gostosa”:
Mesmo os caras bonitos e bem sucedidos e que normalmente não teriam problemas em arranjar encontros casuais admitem que a forma mais fácil de ter sexo com uma mulher muito atraente é contratando os serviços de uma prostituta.

 

2. Necessidade de estar no controle:
A maioria dos homens quer ver a mulher tendo prazer para se sentirem bem com o ego deles, mas a verdade é que com uma prostituta eles ficam mais preocupados com o próprio prazer, visto que estão pagando por isso. E por ter pago pelo serviço, eles se sentem menos envergonhados em fazer pedidos. Muitos dizem que não há nada mais excitante que poder pedir qualquer coisa na cama e ter seu pedido atendido sem questionamentos.

 

3. Realização de fantasias:
Homens gostam de tentar coisas novas mas sempre reclamam que a namorada/esposa/parceira faz caras e bocas julgando as ideias antes de colocar em prática (isso quando chega a aceitar). Com prostitutas não costuma ter esse problema, pois elas já estão acostumadas com todo tipo de pedido, nada as choca, o que da maior liberdade para seus clientes. Até mesmo homens solteiros contratam os serviços de garotas de programa por esse motivo pensando no constrangimento que seria pedir para uma parceira realizar uma fantasia “estranha”.

4. O caminho mais fácil para se conseguir sexo:
Alguns homens simplesmente não querem perder tempo com encontros casuais, jantares, presentes e tudo mais para conseguir uma noite de sexo, então a maneira mais simples de conseguir o que quer é contratando uma prostituta. Você pode ir à um bordel escolher pessoalmente, por telefone ou ter um verdadeiro catálogo de mulheres na internet, só escolher e um tempo depois a pessoa escolhida está na sua porta sem rodeios antes da relação propriamente dita.

5. Fugir de complicações:
Os rapazes costumam procurar prostitutas por ser uma forma simples de conseguir o que quer sem “burocracias”, tais como ter que fingir que está interessado na pessoa, trocar telefones e ter que lidar com a outra pessoa querendo marcar novos encontros e criar uma relação séria. Com uma garota de programa você paga, tem a relação sexual, a garota vai embora e os dois seguem sua vida sem compromissos e sentimento de dever cumprido.

                Dentista e

      Garota de Programa

Comecei porque meu pai é advogado aposentado e minha mãe é falecida. Eu sempre quis ser médica e a faculdade é muito cara e eu não tenho como pagar. Aí pensei: vou virar prostituta. Procurei na internet, descobri o Romanza (casa noturna de São Paulo onde se concentram cerca de 250 garotas de programa por noite) e fui pra lá.

Comecei a fazer stripper também. Aprendi tudo lá. Não foi muito assustador porque a casa parece uma balada. Perdi a virgindade com 14 anos mas não sei com quantos caras transei antes de vir para a noite.

 

Eu moro sozinha e meu pai não sabe. Faz dois meses que ele mudou pra Alagoas. Tenho uma irmã mais velha, ela tem 35 anos. Começamos a fazer terapia familiar e em uma sessão acabei contando a verdade pra ela. Foi um alívio, eu precisava contar pra alguém. Ela conversou muito comigo, me deu conselhos.

 

Meu pai pensa que eu trabalho com eventos. Eu gosto do dinheiro. Poucas vezes senti prazer. Vou começar minha faculdade agora, a mensalidade é de R$ 3.000 (medicina veterinária). Comprei um carro. O ruim da profissão é não ter vida social direito, não ver a luz do sol e mentir para as pessoas que mais amo. Vou dormir geralmente umas 7h da manhã e acordo às 16h. Vou pra academia e venho trabalhar. Agora com a faculdade, que é integral, vou trabalhar mais atendendo pelo telefone e também por site.

 

Gasto uns R$ 2.000 com beleza por mês. Antes eu era instrutora de uma escola de informática e ganhava R$ 350 mensais. Cobro no mínimo R$ 500 o programa e tiro uma média de R$ 6.000 por mês. Eu não gosto de "boy", gosto de cliente mais velho, de 50 pra cima. Chego na noite, dou um "close" e já vejo os que têm essa idade. Com eles é mais rápido, às vezes nem rola sexo. Eu nunca tinha beijado mulher, beijei aqui, mas percebi que não tenho dom nenhum pra ser lésbica. Meu primeiro dia na noite foi numa suruba. Já tive cliente famoso, a maioria jogador de futebol. Tenho um namoradinho, cliente meu. Ele é casado, quando está em crise me procura, me dá dinheiro. Mas eu sinto falta dele."

Fonte: Revista Quem paquerar na balada

"Existem quase tantos motivos para as mulheres se tornarem prostitutas quanto existem prostitutas", diz garota de programa...

Recentemente pedimos no site Freakonomics.com que as pessoas enviassem perguntas para Allie, uma ex-garota de programa que conquistou o sucesso financeiro com sua habilidade nos negócios e entendimento da economia. Nessa entrevista, ela responde a questões que vão desde preços até se a prostituição deveria ser legalizada. Agradecemos muito a todos que participaram. Esta seção de perguntas e respostas foi editada e condensada.
 

Pergunta: Se a prostituição fosse legalizada e não estigmatizada socialmente, o que você acharia se seus filhos a exercessem?
Resposta: Se eu tivesse filhos, gostaria que eles tivessem a oportunidade de seguir o que desejassem, e eles seriam responsáveis por sua própria sexualidade. No entanto, esse trabalho tem seu lado ruim, e pode prejudicar muito uma pessoa. Eu sei que ele dificultou muitos aspectos da minha vida e dos meus relacionamentos. Então, como qualquer pai, eu gostaria que meus filhos tivessem mais do que eu tive.
ONU prepara campanha contra exploração sexual.

P: A falta de elasticidade na demanda pelos seus serviços por causa dos preços altos assinala uma qualidade melhor ou a sua experiência anterior justifica o aumento? Ou há uma outra explicação totalmente diferente?
R: Acredito que o preço alto sinaliza uma qualidade melhor para os clientes, mas muitos são bem informados e tomam suas decisões baseados em fotos e críticas. Como muitos deles não têm problemas com o preço, acho que algumas centenas de dólares não fazem diferença quando eles encontram alguém com quem gostariam de sair. No meu caso, acho que fui capaz de aumentar meus preços por causa das boas críticas e dos clientes com os quais eu estabeleci relacionamentos.


P: Você teme que o seu salário diminua à medida que você envelhece? Você se preocupa com a possibilidade de ter que se aposentar ainda jovem?
R: Eu já me aposentei desse trabalho, mas conheço mulheres que trabalham até bem depois dos 40. No entanto, como as mulheres mais velhas acabam tendo menos clientes com o tempo, eventualmente elas são obrigadas a se aposentar.


P: Você acha que as mulheres se voltam para a prostituição por causa da diferença salarial entre homens e mulheres discutida no “SuperFreakonomics”?
R: Existem quase tantos motivos para as mulheres se tornarem prostitutas quanto existem prostitutas. Fora isso, uma diferença salarial entre os sexos – quer seja real ou aparente – provavelmente não ajuda.


P: A prostituição deve ser legalizada?
R: Acho que a prostituição deve ser legalizada. Se um casal se encontra para jantar, divide uma garrafa de vinho e faz sexo, isso é um encontro. Se eles se encontram para jantar, dividem uma garrafa de vinho e fazem sexo, e o dinheiro é deixado num envelope no criado mudo, isso é ilegal. Sei que algumas prostitutas sentem que elas não têm outra opção, mas essas mulheres trabalham num contexto diferente do que eu trabalhava. Entre outras coisas, muitas têm problemas com drogas e abuso.

Em vez de gastar tempo e recursos criminalizando essas mulheres, deveríamos assegurar que elas tenham outras oportunidades e um lugar para buscar ajuda. As mulheres que não querem ser prostitutas não deveriam ser obrigadas a isso, além do mais, elas deveriam dispor de ajuda quando necessitam. As mulheres que querem ser prostitutas deveriam poder fazer isso. Ninguém deveria ter que ganhar a vida assumindo um emprego que é contra sua própria moral.


P: Se você pudesse escolher novamente, ainda seria uma garota de programa?
R: Ser uma garota de programa me deu oportunidades que eu não tenho certeza se teria de outra forma. Fora a publicidade, as fotos e os sites, minha escolha de me tornar uma acompanhante teve um custo definitivo. É quase impossível ter um relacionamento saudável enquanto se está trabalhando. Então pode ser uma vida solitária. Além disso, era difícil esconder meu trabalho dos meus amigos e da minha família.

 

P: A diferença salarial entre você e, digamos, as garotas que recebem US$ 7 (cerca de R$ 12,50) no gueto é incrivelmente grande embora o produto seja tecnicamente o mesmo. A educação e a localização privilegiada contam nesses US$ 93 (cerca de R$ 165) de diferença? Será que uma garota com uma situação socioeconômica inferior pode ganhar o mesmo que você, ou as garotas de programa de luxo só vêm de ambientes privilegiados? O que diferencia o seu “produto” do delas para causar uma diferença salarial tão grande?
R: Uma grande parte da diferença se deve provavelmente aos “custos de transação” dos clientes. Sair com uma prostituta de rua tem um custo não-monetário muito grande, como, por exemplo, um risco maior de ser preso ou de pegar doenças. É claro, a educação ajuda qualquer um em qualquer emprego. Aparentemente, não há quase nenhuma diferença entre o meu “produto” e o de uma prostituta de rua, mas nós oferecemos um serviço bem diferente.
Eu vendia meu tempo por hora e garantia um ambiente seguro, com um risco bem menor de consequências legais. Além disso, os clientes com recursos podiam facilmente ver meu perfil em seus computadores, saber sobre meus serviços e entrar em contato comigo. Eles também podiam marcar encontros na segurança de seu próprio escritório ou casa, e, além disso, eu morava numa região de alta renda. Esses fatores sozinhos baixam os custos de transação do cliente.
As prostitutas de rua vendem cada ato em separado. Elas tendem a trabalhar em áreas de baixa renda, e às vezes é difícil encontrá-las, não só porque sua localização varia, mas também por causa dos cafetões e da polícia. Os clientes sabem muito pouco ou nada sobre a mulher e o custo dos serviços até que se aproximem dela. Esses aspectos aumentam os custos de transação do cliente.
Também não quero ignorar a possibilidade de que alguns clientes acham que estão fazendo uma escolha moral, ou seja, se uma garota de programa está ganhando centenas de dólares por hora, ela mesma escolheu ser uma acompanhante e não foi obrigada a entrar no comércio de sexo contra sua vontade.
*(Stephen J. Dubner and Steven D. Levitt são autores de “Freakonomics: O Lado Oculto e Inesperado de Tudo o Que Nos Afeta” e “SuperFreakonomics: O Lado Oculto do Dia a Dia”. Para mais Freakonomics, visite o site www.freakonomics.com.)

Transcrito do Bol

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